Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (23), Larissa Wachholz, sócia da Vallya e integrante sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), avaliou que a suspensão de exportações de carne bovina à China significa a “implementação correta do protocolo sanitário” travado com o país asiático.
“O protocolo diz que, à medida que o Brasil se depare com qualquer caso de relevância sanitária como esse, é preciso investigar, comunicar as autoridades competentes imediatamente e fazer um processo de autossuspensão de exportações de carne à China“, disse ela.
As exportações foram interrompidas na manhã da última quinta, 23 , após a confirmação de um caso isolado do mal de vaca louca no Pará.
“Já passamos por essa situação em outras ocasiões, como no segundo semestre de 2021, quando identificamos dois casos atípicos da mesma doença e implementamos a regra do nosso acordo sanitário. A partir do momento em que ela é implementada, há uma troca de documentos que mostram qual é a questão sanitária identificada e que dão conforto às autoridades chinesas de que as exportações podem ser retomadas.”
Wachholz lembra que a decisão de retomar o fluxo de carne bovina fica a critério das autoridades chinesas.
O protocolo sanitário da China é considerado um dos mais exigentes entre os países importadores da carne brasileira. Desde a decisão de suspender as exportações, o governo tem trabalhado para esclarecer que o caso se trata de um incidente isolado e que a agropecuária nacional é confiável.