Status de livre de aftosa sem vacinação abrirá mercados para o Brasil! - Boitel Chaparral

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Status de livre de aftosa sem vacinação abrirá mercados para o Brasil!


29/05/2021

Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso agora são reconhecidos internacionalmente como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
De acordo dados divulgados nesta quinta-feira, 27, durante uma live de comemoração do Ministério da Agricultura, ao todo, são mais de 40 milhões de cabeças que deixam de ser vacinadas, o que corresponde a cerca de 20% do rebanho bovino brasileiro, e 60 milhões de doses anuais da vacina que deixam de ser utilizadas, gerando uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões ao produtor rural.

O reconhecimento foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) durante a manhã desta quinta-feira, 27, na 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE. O Paraná também recebeu o reconhecimento como zona livre de peste suína clássica independente.
Ao lado de governadores dos estados beneficiados e representantes de entidades do agronegócio, em seu discurso, a ministra Tereza Cristina ressaltou o empenho dos pecuaristas brasileiros e de toda a cadeia produtiva de proteína animal, em cumprir as normas sanitárias, e dos estados, no fortalecimento dos serviços veterinários.

“O reconhecimento da OIE significa confirmar o elevado padrão sanitário da nossa pecuária e abre diversas possibilidades para que o Ministério da Agricultura trabalhe pelo alcance de novos mercados para a carne bovina e carne suína do Brasil, assim como pela ampliação dos tipos de produtos a serem exportados aos mercados que já temos acesso”, disse a ministra.

“A conquista também demonstra a sintonia entre os governos dos estados, sistema de serviços veterinários e a indústria. De agora em diante, o objetivo é que todos os estados consigam esse feito até 2026. Essas 44 milhões de cabeças de gado sem febre aftosa sem vacinação, representam cerca de 20% do rebanho bovino, e suínos, 50%”, enfatizou Tereza Cristina.

“Esse reconhecimento internacional é muito importante para o país e impacta positivamente toda cadeia produtiva do agronegócio. A parceria entre o serviço veterinário oficial e o setor produtivo tem sido a base fundamental para os avanços conquistados. Agora, o Ministério segue, junto ao setor privado, com o desafio de manter a condição do país de livre da febre aftosa e de caminhar rumo ao objetivo de ampliar as áreas com reconhecimento de livre sem vacinação”, destaca o secretário de Defesa Agropecuária Mapa, José Guilherme Leal.

Status de livre de aftosa sem vacinação abrirá mercados

De acordo com a pasta, atualmente, existem em torno de 70 países reconhecidos livres de febre aftosa sem vacinação, que são potenciais mercados para a produção de carne bovina e suína, com melhor preço e sem restrições sanitárias como, no caso da carne bovina, desossa e maturação. Entre esses países estão Japão, EUA, México e países da UE. Em 2021, nos quatro primeiros meses do ano, o volume exportado de carne bovina e suína aumentou 27% na Região Sul do país, representando valores de R$ 4,3 bilhões, contra R$ 3,4 bilhões no mesmo período em 2020.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, José Guilherme Leal, o governo já está com conversas avançadas com Japão e Coreia do Sul para a exportação da carne bovina dos estados com novo status sanitário. A expectativa é de que, após a apresentação dos documentos da OIE, os países criem comitivas para fazer auditorias dos estados antes de concluir a negociação. O Canadá também é outro mercado com negociação em andamento.

Há expectativa também de que mercados já conquistados abram possibilidade de envio de novos produtos. É o caso dos miúdos de porco que passariam a ser aceitos pela China, quando vendidos por estados livres de aftosa sem vacinação. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que as mercadorias tenham uma valorização que varia entre 25% e 30%.

“O fato cria uma importância enorme sobre o nosso país. Vamos conseguir ampliar o mercado, porque podemos mostrar que o nosso país produz com sanidade, qualidade e muita responsabilidade. O Brasil é um país que merece a confiança do mercado, e com o reconhecimento da OIE, isso ficará mais fácil. Parabéns as entidades e ao Ministério da Agricultura, que focaram no futuro e se empenharam em ganhar ainda mais espaço no mundo da proteína animal”, afirmou o deputado e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Sérgio Souza.

Fonte: Canal Rural