Engorda na seca ou nas águas? Quais estratégias adotar? - Boitel Chaparral

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Engorda na seca ou nas águas? Quais estratégias adotar?


31/01/2022

Historicamente, o confinamento surgiu no período da seca, com o objetivo de não deixar que os animais pesados perdessem peso e para obter animais prontos para abate em um período de menor disponibilidade de alimento e, consequentemente, maior procura pelos frigoríficos.
Tal cenário gerava maior preço de @, fato que viabilizava a operação. Outro aspecto importante do confinamento no período da seca é que essa época acaba sendo favorável para os confinamentos, pois reduz a presença de lama devido à chuva e reduz o risco de desperdício do alimento fornecido no cocho.
Atualmente, o sistema de confinamento de bovinos de corte vem sendo utilizado por pecuaristas durante o ano todo e não somente na entressafra, como era de costume antigamente. Devido aos altos custos de estrutura, mão de obra e manutenção, chamados de “custo operacional”, os pecuaristas têm buscado realizar a terminação de animais também no período das águas, com o objetivo de diluir todos esses custos operacionais e ter um fluxo de caixa constante dentro da operação. Além disso, há redução na pressão de compra do boi magro, há maior disponibilidade de alguns insumos com boa oferta no período, e todos esses fatores permitem que se atenda a mercados exigentes, que necessitam de uma carne de qualidade durante todo o ano.
O confinamento no período das águas vem crescendo, devido a evolução de resultados, informações, tecnologias e estratégias de ajustes de manejo e nutrição, para favorecer a rentabilidade positiva da atividade durante todo ano. Desta forma, para que o resultado do confinamento no período das águas seja viável, é importante seguir alguns princípios e estratégias para não haver surpresas no momento da venda dos animais.
Normalmente, os confinadores que optam por confinar animais nas águas trabalham durante todo o ano e não encerram um ciclo para se iniciar o outro. A reposição é realizada conforme os lotes são retirados para o abate, fato que muitas vezes faz com que o pecuarista acabe esquecendo de adotar estratégias de manejo recomendadas para o período.
O confinamento nas águas ou na transição seca-águas é uma ótima estratégia para que o pecuarista consiga aumentar o capital de giro e o poder de compra para todo o ano, além de diluir os custos operacionais que seriam concentrados apenas em um período do ano.

Porém, é importante avaliar o mês de entrada dos animais e o histórico de chuvas da região de cada confinamento, para estabelecer todas as estratégias necessárias para que se obtenha melhor resultado e retorno sobre o investimento.

Fonte: Portal do Agronegócio