A expressão “Boi China” é conhecida entre os criadores e se refere ao gado da raça nelore que atende ao padrão exigido pelo mercado chinês.
Investir nesse padrão significa garantir portas abertas para a exportação e vender por um preço melhor, pois a China é o maior mercado consumidor de carne bovina do mundo, e quase metade da carne bovina consumida no país asiático é proveniente do Brasil.
O gado nelore, de origem indiana, adaptou-se bem ao clima tropical do Brasil e é amplamente criado no país. Os “Bois China” normalmente possuem pelagem clara, boa carcaça, musculatura bem distribuída, e destacam-se pela rusticidade.
Para ser exportado para a China, o animal precisa atender a certas características, como idade entre 30 e 32 meses e ter no máximo quatro dentes molares na boca, além de estar com a saúde em dia.
A valorização do “Boi China” é significativa, e a arroba costuma ser comercializada em média R$ 10 mais cara do que o preço praticado no mercado nacional. Essa diferença de preço faz muita diferença no bolso dos pecuaristas.
Para criar um gado no padrão, é importante investir em um alimento de qualidade para encurtar o tempo de engorda do animal e aumentar o giro de bois no pasto. Cada vez mais os pecuaristas do interior do estado têm apostado nessa estratégia, buscando a remuneração maior pela arroba no mercado externo.
Fonte: G1